Uma nova edição do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para a Recuperação de Ativos e o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD) reuniu, entre os dias 19 e 21 de agosto, 107 agentes brasileiros em Macapá, no Amapá. O evento, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), trouxe à tona a importância da colaboração entre União, Estados e municípios na luta contra esses crimes.
Durante a capacitação, os participantes tiveram a oportunidade de discutir temas como cooperação jurídica internacional e estratégias voltadas para o rastreamento e recuperação de ativos, incluindo criptomoedas e tokens digitais. Essa abordagem é cada vez mais relevante no contexto atual, em que os crimes financeiros se diversificam.
Bernardo Mota, coordenador-geral de Articulação Institucional do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), destacou que, para enfrentar o crime organizado, é essencial que diferentes esferas do poder se reúnam. Ele afirmou que “o crime é organizado, portanto o nosso combate precisa ser igualmente organizado”. Essa união entre autoridades fortalece a articulação institucional e amplia a capacidade de resposta.
Treinamento prático sobre rastreamento de criptomoedas
O evento aconteceu na sede do Ministério Público do Estado do Amapá (MPAP) e contou com a participação de representantes de cerca de 30 órgãos e instituições. Alexandre Monteiro, procurador-geral de Justiça do MPAP, reforçou que o curso é uma contribuição importante para superar os desafios do Sistema de Justiça. “Combater a corrupção e a lavagem de dinheiro é um tema central para o Ministério Público e para a sociedade. Esses crimes causam prejuízos econômicos significativos e podem financiar outras práticas ilícitas”, declarou.
A procuradora de Justiça Socorro Milhomem, coordenadora do Ceaf, ressaltou que a capacitação visa a atualização contínua dos profissionais. “Combater a lavagem de dinheiro e outros crimes exige preparo, conhecimento técnico e integração entre órgãos, e é isso que buscamos com este treinamento”, afirmou.
Neste contexto, a diversidade de participantes foi notável. Agentes do Ministério Público, das Polícias Civis de diferentes estados, Polícia Federal e até de órgãos de controle como a Controladoria-Geral da União e o INSS estiveram presentes. Essa troca de experiências e conhecimentos entre os diversos profissionais não só enriquece o debate, mas também fortalece as redes de cooperação que são essenciais para o combate efetivo a esses delitos.
O PNLD já capacitou mais de 25 mil profissionais de diferentes partes do Brasil, reafirmando sua importância na formação de agentes que atuam na recuperação de ativos e no combate à corrupção.
